segunda-feira, março 19, 2007

Amazônia

Países de primeiro mundo estão se mostrando solidários às nações subdesenvolvidas, ao apoiá-las na preservação de suas riquezas naturais. Exemplo disso é o dinheiro investido na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Mas será que estas grandes potências não têm outro interesse, além do cuidado com o meio ambiente?
Desde a RIO-92 país desenvolvidos se comprometeram a apoiar e contribuir com nações pobres na preservação de seus patrimônios naturais. Tendo em vista que para chegar ao seu grau de desenvolvimento, muito foi devastado e explorado.
Assim, passam aplicar seus capitais em pesquisas e projetos de países como o Brasil. Financiam, por exemplo, estudos de plantas e insetos utilizados pela indústria farmacêutica. Seria ilusão acreditar que não há nenhum interesse econômico por trás. Estes países têm, e muito, a ganhar com essa contribuição, já que os mecanismos de patente aqui no Brasil não vigoram como deveriam. Chegam a explorar riquezas que nós mesmos desconhecemos.
Diante disso, eles têm o argumento de que nossa nação não investe em ciência, portanto, não deveríamos “atrapalhar” os seus trabalhos, e muito menos nos gabar que somos os principais donos da Amazônia. Convém salientar que estes países “preocupados” com o meio ambiente são os grandes responsáveis pelo efeito estufa. Emitem uma gigantesca quantidade de gases poluentes, e já destruíram boa parte de suas flora e fauna.
Gabar-nos de algo que nos pertence é sem dúvida um direito. Se hoje ainda há riquezas a serem exploradas em nações subdesenvolvidas, cabe as mesmas cuidarem de seus patrimônios. Uma forma é o Turismo sustentável, fazendo com que esta atividade econômica preserve o meio ambiente. Por exemplo: Ao invés de devastar uma área para o cultivo de algum alimento ou para a pecuária, que geraria empregos e lucros. Podia-se preparar e planejar a região para uma interação do homem com outros animais e o meio, gerando também novos trabalhos e formas de subsistência. Portanto, devemos sim, repudiar qualquer idéia de internacionalização da Amazônia. E como cidadãos, cobrar mais incentivos aos nossos cientistas.

sexta-feira, março 09, 2007

Vou-me para Rabocaso


Vou-me para Rabocaso, não para Pasárgada. Não escolherei a cama, nem ao menos os companheiros. Sim, os vejo como outra civilização, parecem bem educados. Lá não serei amigo do rei, e mesmo sendo, não teria importância. Se ficar sozinho, assim estarei, não haverá escapatória. Mas posso dizer uma coisa, por aquelas terras a existência também será uma aventura.
Nada é como outrora, como os dias que não se via passar as horas. Muda-se o rumo do romance. O enredo já não é o mesmo. As páginas são viradas sem ao menos imaginar como será a próxima cena. Cada passagem tem uma intensidade, todas fortes. E quando o sol se deitar a personagem vai chorar. Mas nada ela fará, mesmo que a vontade de se matar a dominar.
Aqui sou feliz, e lá? Rabocaso, cidade de meu maior caso? Será que um dia, por lá, eu ainda me caso? Já sei, farei como nos tempos de eu menino, fecharei os olhos e imaginarei só coisas boas. Pode ser tudo diferente, mas pelo menos serei um sonhador.


Fábio Ortolano