terça-feira, fevereiro 26, 2008

Claridade

( Ana Carolina)

Eu não vou te convencer do que é certo aqui pra mim.
Eu não vou mudar você, deixa o vento lhe mostrar, ele sabe sobre mim.
Eu não quero mais correr, vou cuidar do meu jardim.
Trago flores pra você, deixo o tempo lhe mostrar, nossa historia é mesmo assim.
Chora, pois a chuva de agora vai molhar as suas rosas
E a tristeza vai ter fim.
É hora, acabou a tempestade pra chegar a claridade do amor.
Chora, pois a chuva de agora vai molhar as suas rosas.
E a tristeza vai ter fim...

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Falados os segredos calam*



O que nos é mais importante e essencial: Estar de olhos bem abertos ou permanecermos míopes diante desse universo que nos afronta?
Eu realmente não saberia dizer e tão pouco sei se desejo essa resposta.
De que vale a verdade de um mundo em que os sonhos são apenas fantasias acariciadas pelo travesseiro. Assim é melhor continuar dormindo, no entanto, permanecer alienado no planeta das ilusões pode ser a vivência de uma história irreal.
As tantas incertezas aos poucos me revelam parte do mistério de minha existência. Estou voltando aos meus e o sol começara a brilhar novamente. Sinto que novos raios aquecerão minhas manhãs arrefecidas pelas angústias de outrora.

Fábio Ortolano

*O título é um trecho de uma música dos TRIBALISTAS


- GuArUjA, sEgUrA aS oNdAs E tRaGa O sOl QuE a gEnTe Ta DeScEnDo! FrIeNdS FoReVeR nA pRaIa. Yupi Yupi Yupiiiiiiii \o/

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Meus dias


O silêncio guarda sozinho o anseio de dizer as tantas palavras reprimidas. E estar sempre em abstenção da fala é um sinal de angústia, desespero e desejo de gritar o mais alto possível à grandeza de um segredo contido.
Seu oposto, o ato de exprimir compulsivamente tudo que se sente, é também mais uma forma de oprimir essa agonia que domina os pensamentos e mentes insanas. Assim, falar de mais nos denuncia o medo de permanecermos imperceptíveis.
E assim tem sido meus dias, cobertos de silêncios e intensas conversas, corroendo tudo que sou e sei até agora. Hoje minha maior verdade é a incerteza, e eu, sempre tão sábio de mim mal me reconheço ao olhar-me no espelho.
As palavras, códigos subjetivos, tomam conta de toda minha essência e a cada dia estou mais próximo de mim e distante de tudo e todos à minha volta, talvez dessa forma eu volte a me compreender.


Fábio Ortolano

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Um lugar


“Longe, lá de longe, de onde toda beleza do mundo se esconde. Mande, para ontem, uma voz que se expanda e suspenda esse instante. Longe, lá de longe, de onde toda beleza do mundo se esconde, cante para hoje”. (Tribalistas)

Um lugar distante, distinto e lindo, que eu nunca vira, entretanto, como eu sempre imaginara. Lá que meus sonhos repousaram, acariciados com os ventos de uma paixão. Tão mágicas e vazias ao mesmo tempo, por aquelas bandas, eu me encontrara e me perdera.
Um lugar onde todas as emoções eram intensas e avassaladoras. Eu somente gritava em silêncio a força daquela angústia que me domava e me deixava intacto, impotente e apaixonado.
Um lugar de terras distantes, aconchegantes e belas, que provavelmente nunca mais pisarei. Pois certamente não haverá placas que indiquem um retorno. E se houver, serão vistas apenas pelo retrovisor.

Fábio Ortolano