e de autoridade moral.
Essas posições sociais são construídas num processo histórico de preconceitos e estigmas. No Brasil, infelizmente, carregamos uma herança colonialista, escravagista, segregacionista, classista, patriarcal e moralista. Tudo isso produz lugares de subalternidade aos negros, mulheres, pobres, pessoas com deficiência, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e adeptos às religiões perseguidas.
Desde a segunda metade do século XX, uma série de movimentos sociais, dentre eles o feminista, o negro, o LGBTI e o de pessoas com deficiência, têm pautado os direitos redistributivos, que compreendem os direitos políticos, civis e sociais; bem como os direitos de reconhecimento, reivindicando novas legitimidades e reconhecimento moral.
Para tanto, todos esses movimentos expressam em comum uma tríade resistência estética, linguística e moral. Fazendo de seus corpos potência de transformação e construção de suas identidades; usando a linguagem como forma de ressignificação, fazendo das palavras um meio para revisar estigmas e contrapondo-se ao machismo, ao classismo, ao racismo, ao homotransfobia e ao capacitismo, de modo que saibamos conviver com as diferenças e respeitando a alteridade do outro. O multiculturalismo precisa que pessoas e instituições (escola, família, governo, empresas) sejam corresponsáveis pela afirmação desse valor comum.
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