quinta-feira, maio 26, 2011

Habilitação Manicomial - II Parte

Refrescando-lhes a memória do que venho denunciando sobre o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação no estado de São Paulo, gostaria de lembrá-los de um sistema comprovadamente falho, revelando adiante sua incoerência e incompatibilidade com os propósitos que o justifica.

Além das digitais não registradas, dos profissionais penalizados com um trabalho insalubre, da psicóloga que aplica uma avaliação deturpada do que seria o exame do psicotécnico e do pseudo-educador que, a todo momento, faz piadas desapropriadas, a experiência manicomial em pleitear a CNH vem me proporcionado outros fatos descarados de desrespeito à qualquer cidadão.

Bom, seguindo os tramites que me são exigidos fui fazer a prova teórica sobre o conteúdo explorado nas aulas do Centro de Formação de Condutores. Isso 15 dias depois de ter o certificado das aulas, pois por conta do feriado de Tiradentes, a delegada da 95ª CIRETRAN anunciou que a prova seria postergada. Durante a aplicação do teste um dos aplicadores nos orienta a fazer tudo exatamente da forma que dispõe às normas, entregando os documentos num determinado lugar, entrar em contato com a auto-escola e aguardar o resultado, que só assim, dentro de 15 e 20 dias o resultado ficaria pronto.

Aprovado, iniciei minhas aulas de moto, e mais uma vez as benditas digitais não passam por conta do sistema incapaz de funcionar todos os dias. De um lado do balcão, pessoas acomodadas ao desrespeito do Estado e, do outro, pessoas adaptadas a não resistirem/defrontarem um sistema injusto. Tentei falar com a delegada, mas a moça que me atendeu disse que ela não havia chegado e que eu teria que aguardar se ela poderia me atender, dependendo qual fosse minha solicitação.

Pensando nessa novela que eu não tinha a menor vontade de assistir e mal vislumbro seu epílogo, iniciei um processo judicial em resposta a todo esse desrespeito. Se o Estado responsabiliza e penaliza os homens e mulheres inadimplentes e omissos às suas responsabilidades, o mesmo também deve estar dentro das leis que o constitui e o confere legitimidade.

E sobre a incoerência e incompatibilidade de propósitos que justificaram sua criação, o novo sistema da CNH, devido sua má gestão e ineficiência, abre espaço e oportunidade para fraudes! Veja só, se um solicitante de CNH não consegue registrar suas digitais, é obrigado ir até a auto-escola em outra data só para passar o dedo sem que faça novamente a aula prática. Bom, se isso ocorre, como podemos notar se alguém apenas registra suas digitais e não faz as aulas? Explica-me senhor governador!

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